segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

ESTAMOS NO PRINCÍPIO DAS DORES

O tsunami se aproxima, companheiros, se não ficarmos atentos seremos levados mar adentro e não teremos como sobreviver. Se fizermos uma análise da conjuntura mundial e nacional, veremos que o Brasil foi aquele construtor imprudente, que construiu a sua casa na areia. O Cristo, em suas andanças pela Terra Santa, alertou sobre isso. Disse que quando viessem a chuva, os ventos soprassem, tudo seria desmanchado. 
De 2008 para cá, desde quando o setor imobiliário americano começou a entrar em colapso, o capital no mundo inteiro sente o abalo. A Grécia viu-se obrigada a rezar na cartilha do FMI numa tentativa desesperada de sobrevivência financeira. A população na Europa envelhece e põe em risco os sistemas previdenciários. Os trabalhadores e os jovens desempregados na França vão as ruas e Paris arde no fogo da revolta. Enquanto isso, grupos extremistas assolam o mundo com barbáries e terror. Direcionando a pessoas inocentes, a sua revolta contra a política bélica dos americanos e seus aliados. O sistema capitalista sufoca, como um doente tuberculoso, afoga-se na sua mais valia. 
Enquanto isso, no Brasil, são implementadas políticas paliativas de assistencialismo à pobreza. São concedidos incentivos fiscais aos grandes produtores, financiamentos públicos de obras faraônicas que acabam em ruínas como a transposição do Rio São Francisco. As eclusas da Hidroelétrica de Tucuruí, que de nada servirá se a maldita hidrovia não for construída. 
Toda essa festa com dinheiro público, tem como resultado os "mensalões" e "mensalinhos" Brasil a fora. A operação "Lava Jato" dá amostra do tamanho da podridão que nosso país historicamente vive. 
Abriu-se linhas de créditos, facilitou-se os financiamentos, incentivou-se o consumismo e o trabalhador se endividou.Por último tivemos as "pedaladas" da presidente Dilma.  Tudo isso para manter uma situação mascarada de crescimento econômico do país.
Agora, que a fragilidade das medidas estão a tona. Agora que a casa cai, o trabalhador poderá pagar pela crise. 
O servidor da rede estadual pagará com o reordenamento da educação. O que na prática significa o aprofundamento do processo de "prefeiturização" da ensino fundamental em todo o Estado. Entendemos esse um processo de política neoliberal que se baseia no princípio da colaboração entre os entes para isentar o estado de toda responsabilidade com esse segmento da educação. Regime de colaboração não pode significar transferir responsabilidades. Os companheiros da Região Metropolitana de Belém, assim como aqueles que atuam no SOME e no médio noturno sofrerão diretamente com essas medidas. Enquanto isso a SEDUC comemora a redução no número de matriculas do fundamental na rede estadual que baixou de 1 milhão de matrículas para 677 mil, jogando toda responsabilidade nas costas das prefeituras. 
O governo estadual aponta suas medidas ainda para o Plano de Assistência à Saúde do Servidor, articulando o aumento no índice de desconto de 6 para 8%. 
Na rede municipal de Marabá, esse reordenamento vem com a reestruturação do Plano de Carreira, que usando da crise, se justificam os cortes pretendidos. 
O que vemos com isso é que a cada crise do capitalismo é preciso fazer alguma coisa para manter o sistema. A lógica do reordenamento não nasceu no Brasil, mas com o neoliberalismo mundial. É uma lógica perversa que sucateia para dizer que não presta e justificar a privatização. 

CONTRA ESSES ATAQUES:  Nessa última, semana estivemos participando do I ENCONTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO, no dia 10/12, e o Conselho Estadual de Representantes - CER, nos dias 11,12 e 13/12. O objetivo dos eventos foi armar a categoria contra esses ataques do governo estadual e dos prefeitos. 
Dentre os vários pontos debatidos, alguns pontos foram levantados como importantes, que elencamos abaixo, para a campanha salarial 2015/2016.
  1. Somos contra os descontos utilizados para retirar direitos dos trabalhadores.
  2. Adotar método de ocupação das escolas como foi em São Paulo.
  3. Resistir aos ataques contra a educação pública e qualidade. 
  4. Passeata contra a reorganização das escolas públicas do estado estado. 
  5. Campanha contra o não repasse previdenciário praticado por algumas prefeituras. 
  6. Exigir das prefeituras o uso dos 25% dos recursos próprios para a educação. 
  7. As Regionais criar calendários de mobilização. 
  8. PCCR unificado. 
  9. Criação de boletim informativo por Regional.
  10. Unificar a luta nos municípios pelas Regionais. 





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