segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Fonte: Blog do professor Aurismar

UNIDADE SOCIALISTA DOS TRABALHADORES


Fonte Imagem:http://rochido.wordpress.com
“Proletários de todo o mundo, uni-vos!” Com essa emblemática frase, Marx e Engels encerram o manifesto comunista, proferido em 1848, logo após a realização do I Congresso Internacional da Liga dos Justos, movimento operário de origem inglesa que tinha seguidores de toda a Europa. O problema dos trabalhadores naquela época não era diferente dos de hoje: opressão e exploração do trabalhador por parte da burguesia capitalista. 

Aqui no Brasil, por essa época, ainda estávamos a dar os primeiros passos na construção da imagem de uma nação monarquista e escravocrata. O capital inglês já operava por aqui. O poder político estava nas mãos dos barões. Os presidentes das províncias assim como o poder legislativo eram submissos ao monarca que por sua vez estava submisso ao controle internacional. 

Muita coisa mudou de lá pra cá em termos de organização social. Depois de muitos percalços chegamos a um patamar mínimo de democracia. Mudamos o sistema de governo, embora as misérias continuem. Mudamos o sistema de trabalho, embora ainda haja exploração. Criou-se leis trabalhistas, organizações sindicais, associações, o voto direto: hoje o cidadão tem o direito de escolher quem ele quer como seu representante no executivo e no judiciário. 

Sabemos que muita coisa precisa melhorar para que o voto do cidadão seja de fato um ato de escolha. Há muitas denúncias de compras e vendas de votos por todo o país. A maioria dos políticos que ai está para nos representar é corrupta. Independente de partido ou de tendência partidária, há pessoas honestas e pessoas corruptas querendo ganhar um cargo eletivo. 

As políticas e as leis que são realizadas e criadas, respectivamente, são pensadas para proteger o investidor, o produtor burguês, o patrão. Não estou dizendo que não devam existir aparatos legais para proteger quem investe e quem produz. Precisamos de produção, precisamos de investimentos. Mas, principalmente, precisamos de leis que protejam o trabalhador. Precisamos ter a certeza de um retorno justo pelas horas de trabalhos executadas. Precisamos que as garantias constitucionais tornem-se realidades. Precisamos que filho de pobre que estuda em escolas públicas, não precise de cotas para ingressar em uma universidade. Precisamos que o pai de família, trabalhador assalariado, não tenha que deixar de comprar o que comer para comprar um caderno para o filho estudar. 

Todas essas conquistas são possíveis de acontecer se a classe trabalhadora estiver Unida com base em um Socialismo real. Partidos há que se propõem a lutar pelos trabalhadores. No entanto, muitos deles ou se vendem a outros interesses ou ficam ananicados, comprimidos em ideias pouco aplicáveis à realidade. Tendências partidárias que não conseguem sair dos muros das universidades federais não servem para representar os trabalhadores, que estão cá de fora, no mundo real. 

Nós, trabalhadores, que sofremos no dia a dia, às vezes sem ter o que comer, às vezes sem ter como pagar as contas no final do mês, às vezes sem ter como levar o filho a um médico, ou mesmo na praça pública para brincar porque o menino não tem um calçado. Nós, que estamos na base de sustentação desse país, precisamos nos unirmos. Precisamos lutar pela Unidade Socialista dos Trabalhadores! Essa unidade é que nos dá forças.
(Aurismar Lopes Queiroz)

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